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sábado, 30 de maio de 2009

ASCENSÃO


Malu Monte


Enfim é outono...Folhas caídas ao chão
Eu, como convicta geminiana
Expurgo de minh'alma os resquíceos desse inferno astral.
Nada pra dar certo ultimamente,
Tudo tão confuso em minha mente
Planos que foram pelo ralo da minha vida
Tanta ilusão que brotou e acabou perdida
Embrenhei-me em devaneios toscos
Sem pensar dei mais que recebi
Pra que isso tudo pelo que passei
Se alguns dizem que é preciso
Mas ninguém nunca prova o porquê?
Horas perdidas jogadas ao léu
Sonhos que pensei e não sonhei
Na verdade revendo até acho graça
No circo da vida, serei eu palhaça
A fazer rir sem saber pra quê?!
Mas porque me permitir isso tudo
Simplesmente pra provar que sou guerreira
Ao aguentar cada rojão
Qual nada, tudo pose de mulher
Que se diz dona de si
Mas que quer a proteção de alguém.
São como antíteses entranhadas em mim
Que não sei até quando irei suportar
A mágoa de tentar e perder
A vontade de vencer sem se machucar
Descortinar o véu que me protege
Da aura de santa e casta criatura
E por pra fora a dama da noite impura
Mas que dela espero me sustentar
E num patamar do qual a vida não me derrube
E eu possa ascender, aprender cair e levantar.

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