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segunda-feira, 26 de março de 2012

PÁGINA VIRADA (Crônica)


























Malu Monte

Como será que fica a cabeça de um indivíduo quando se depara com situações em que precisa tomar decisões rápidas e duras e, ainda assim, manter o controle dessas ações?
Mas então, como agir diante de uma discussão e evitar um resultado catastrófico que possa envolver terceiros?
Ser sincero mas usar de cautela para não errar na mão, ou seja, policiar-se para não dar um pingo a mais no que disser?
Manter o autocontrole, arriscando-se a ser encarado pelos outros como covarde, dando margem pra que o seu provocador se aproveite disso e teste até aonde vai o seu nível de tolerância?
Façamos mão de um fato trágico, que tem se repetido ultimamente, para discutirmos essa questão:
Todos os dias temos assistido na mídia escrita e falada relatos de casos de brigas, espancamentos e até mortes entre torcedores a partir de discussões infundadas.
Mas aonde chegarão essas pessoas já que todos sabemos que suas atitudes além de serem movidas pela emoção, possuem caráter totalmente parcial?
Quando será que esses "monstros" que se dizem torcedores compreenderão que a violência não os levará a nada e que a adversidade é o tempero que dá sabor a vida?
Infelizmente, fatos como esse acontecem e não existem receitas prontas para solucioná-los.No entanto, nesse caso, ao menos na tentativa de tentar evitá-lo, o indicado seria que as vítimas desse "bulling" coletivo, fizessem uso do mais indicado de todos os ingredientes: O silêncio.
Isso mesmo!... Tomar-se a sábia decisão de por um ponto final na história ao fazer com que seus oponentes pensem ter ganhado a batalha...
Então vocês me perguntariam:
-Mas como assim?! Omitir a opinião diante de uma provocação?!
Isso mesmo!...E, acreditem, isso os incomodaria muito mais do que qualquer discussão acalorada!
Na verdade, quando um indivíduo se presta ao "bate boca", ele tenta buscar na palavra alheia, pelo menos, um argumento que justifique os erros apontados em suas atitudes. No entanto, ao contrário do que ele espera, se seu oponente não se manifestar, logo ele não terá por muito tempo como manter-se em justificativas e qualquer tentativa de explicação de sua parte estará aniquilada.
Muitas vezes, a abstenção não significa covardia diante de algo ou alguém, mas sim, uma estratégia de inteligência que poderá induzir o outro a desmascarar-se em suas próprias ideias.
Afinal, se analisarmos usando o bom senso, chegaremos a conclusão de que, geralmente, quem grita nunca está com a razão!

terça-feira, 13 de março de 2012

29 ANOS DE CASADOS - QUEM DIRIA!...















Malu Monte


Quem diria que eu
Que sequer pensava em casar
Eu, que apenas almejava ser mãe solteira...
Pudesse um dia vir a conhecer alguém
Que me compreendesse tanto
Ao ponto de saber esperar as tempestades passarem
Quem diria que eu
Teimosa, ansiosa, irrequieta, por vezes até impaciente
Iria encontrar alguém capaz de enxergar nesses meus defeitos qualidades
E, até encará-los como positivos...
Quem diria que eu
Que um dia fui menina mimada, chorona e chata
Pudesse encontrar alguém
Que além de homem, me serviria também de pai
Ao me dar broncas na hora exata...
Quem diria que eu
Com personalidade forte
Ao mesmo tempo, frágil como um cristal
Pudesse encontrar alguém que me cobrisse de tanto amor...
Ah!...Como eu poderia um dia sequer imaginar
Que viveria por tantos anos ao lado dessa mesma pessoa
E, que a cada dia seria capaz de descobrir mais e mais o que é ter um verdadeiro par?
E ainda me perguntam se sou feliz?!
Como eu poderia ser diferente?!!!!!!!!!