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segunda-feira, 7 de maio de 2012

O JARDINEIRO E A ROSA



Malu Monte


E no jardim ela estava
Feliz ao ver-se contemplar
A espera por ser colhida
Se sentindo protegida
Pronta pra se ofertar

Forte, ao ser podada não chora
Ao contrário do que se possa imaginar
Em cada corte
Sente-se revigorada
Logo põe-se a brotar

Frondosa com vestes cor de sangue
Engana-se quem pensa frágil será
Os espinhos são sua armadura
Nem por isso deixa de ser pura
Na flor mais bela a enfeitar

Ele, com seu jeito simples
Apaixonado por sua companhia
Nem se importa se ela o ferirá
Ao tocá-la com sua mão pesada
Suaves pétalas tenta não magoar

Nessa vida, algumas coisas não tem mesmo explicação
A Rosa, moça formosa, delicada
O Jardineiro, moço rude e desengonçado
Atraídos um pelo outro
Se tão diferentes são.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

RAIO DE LUZ




















Malu Monte


Quando pensei estar tudo perdido

Tu surges como um raio de luz

A iluminar o espaço antes ocupado pelas trevas.