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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

NÃO CHAME BABY (Letra de Música)


Malu Monte


Olha pra mim
Tudo se modificou sem eu perceber
Não vou tornar a repetir o erro
De insistir em te querer

Não chame baby!
Você não faz mais parte dos meus versos
Outros temas surgirão
E o que fica é só lembrança e certeza
De que o que houve não foi em vão

Olha, o que começa tem um fim
Nunca é tarde
Nem precisa se esconder
Você não tem o que temer

Não chame baby!
Já cresci e aprendi as lições
Que você me deu
Eu te dei muitas opções
Até carinho e amor enquanto mereceu

Sei que o tempo fará tudo passar
Feridas hão de cicatrizar
Palavras se foram com o vento
De tudo você se esqueceu

De uma coisa estou ciente
Nessa vida, só se perde o que nos pertenceu.
Faça um favor pra mim:
Não me chame de baby!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

AMAR, MAR, AMOR


Malu Monte

Amar o mar
No mar te amar
Sentir o sabor do sal no amor
O entrelaçar de línguas no beijo salgado
O calor do abraço apertado
Na dança das ondas do mar
Dois corpos molhados
Se amando e amando...
Apenas o desejo de que aquela soma nunca acabe
Amar + mar = amor

BORDADOS DA VIDA





Malu Monte




Seus versos parecem feitos pra mim


As palavras compõem um ritual que já vivi


Estradas pelas quais já passei


Curvas que já dobrei


Páginas da vida que resolvi virar


Novos rostos busquei


Os velhos eu dispensei


Puxei o retrós e segui em frente sem me sentir presa


Bordei novos rumos, flores, campos, paisagens


Alinhavei novos caminhos


Arrematei a minha história


Despi-me dos preconceitos e me vesti de vida!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

SEMPRE NO MEU CORAÇÃO! (Crônica)



Malu Monte

Sempre me pergunto o que ficará para sempre?
Penso que tudo aquilo que marcou positivamente ou até mesmo os dissabores ficarão eternamente dentro de nós - Bom, mas este último não é a questão aqui relevante...

Levei meses planejando uma viagem com o meu marido e ele sempre percebia em mim um certo ar que pra ele soava como descaso, no entanto, o que mal sabia era que as preocupações por mim carregadas estavam atreladas a não ter o completo domínio do idioma de alguns países para os quais íamos; Como seríamos recebidos por pessoas estranhas e com costumes e visões diferentes das nossas? Tudo me afligia naquele momento e eu não sabia explicar.

Finalmente, em maio de 2008, chegou a hora da viagem e lá fomos nós. Ele super empolgado e eu quieta e com o coração apertadinho dentro do peito - Isso eu guardava só pra mim.rsrs

Após 12(doze) horas de vôo e sem pregar os olhos, enfim, pisamos em Paris. Eu olhei aquilo tudo e me senti como uma criança no primeiro dia de aula - É isso mesmo! Tudo diferente mas ao mesmo tempo tão fascinante!... Parecia que eu já estivera ali naquele lugar!... Olhava ao meu redor e achava tudo tão lindo mas com medo de tocar. Igual a quando te apresentam a um prato novo e vc acha a aparência bonita mas teme em experimentar.
Aos poucos o medo foi passando e eu fui me sentindo invadida por um sentimento de curiosidade e pus a me soltar pra ver o que seria tudo aquilo...

Nossa!...À medida em que andávamos e descobríamos coisas novas a nossa vibração aumentava - Paris, que coisa mais linda!...Uma paixão desabrochou e eu não conseguia me conter. Oh! Je t'aime Paris!

Nem o frio me espantava, nem a chuva me fazia abrir o guarda chuva. Naquele momento eu só queria sentir cada gota de chuva no meu rosto. Ao contrário do que normalmente acontece comigo, o frio me deixava disposta e eu andava e andava por aquelas ruas sem me dar conta de que minhas pernas não mais respondiam por mim e que meus pés inchados clamavam por descanso - Na verdade, eu não percebia sequer o socorro que eles me pediam.

De repente, avistamos a Torre Eiffel e eu fiquei estática e maravilhada com o que via bem ali diante dos meus olhos. Pensara que fosse só um amontoado de ferros e pronto, mas na verdade era muito mais que isso - uma verdadeira obra de arte traçada pelas mãos de Gustavo Eiffel. Um monumento gigantesco que de todos os pontos da cidade é avistado e dado o requinte de sua construção foge a qualquer explicação que eu possa dar.

Embora estivéssemos dispostos, já começávamos a dar sinais de cansaço e resolvemos sentar em algum restaurante para que almoçássemos e descansássemos. Afinal, acho que caminhamos a Champs Elysées de ponta à ponta sem que nos déssemos conta disso.

Ao longo de nossa viagem por Paris, conhecemos os principais pontos turísticos: Fomos ao "Arco do Triunfo" - monumento belíssimo e preservado com zelo; Tiramos muitas fotos; algumas diante de casas famosas de espetáculos musicais como o "Lido"; Fizemos algumas compras na Sephora - loja de cosméticos bastante conhecida dos europeus. Haja pernas!...Rsrs...
Estivemos no "Sacre Coeur de Marie" e em "Montmatre"- Bairro que considero um dos mais lindos da cidade - Berço dos artistas de rua - Pintores expõem suas obras, músicos entoam canções autorais e outras já conhecidas; Bonjour Madame!... Bonjour Monsieur!... Sempre a nos saudar.

Nos restaurantes onde entrávamos, os garçons ao verem a bandeirinha do Brasil estampada na minha mochila entoavam Aquarela do Brasil e simpaticamente nos davam um belo sorriso, gritando: Brasil! Ronaldo!;

Visitamos, também, a Catedral de Notre Dame e ficamos maravilhados com a beleza de sua arquitetura.
Pegamos um trem e fomos até o belo "Palácio de Versailles"; Estendemos o passeio ao Museu do Louvre e percebemos que teríamos que voltar no dia seguinte pois, pelo seu tamanho, não conseguiríamos conhecê-lo num só dia.

O passeio sempre se estendia à compras e, é claro que como toda mulher, não teve loja que eu não tenha entrado; Não escaparam nem os brechós - que, por serem muito interessantes, contribuíram pra que na volta eu tivesse que pagar pelo excesso de bagagem . Rsrs...
Os dias se passavam, fizemos outros passeios e o metrô era o nosso meio de transporte favorito e, por ser muito bem sinalizado, nos dava a garantia de que não nos perderíamos - Realmente um sistema de informação super inteligente que o Brasil deveria adotar.

Também fizemos o passeio romântico, navegando de barco pelo rio Sena, onde pudemos contemplar calmamente os pontos turísticos pelos quais havíamos passado e ao mesmo tempo atentar para o comportamento elegante e tranquilo dos parisienses - Acomodados em bancos de praças a lerem seus livros ou apreciando as embarcações... Tudo isso, embalado por uma trilha sonora tocada por artistas de rua que mais pareciam personagens de um filme... Ou seriam de um sonho?!...

Ao anoitecer, não contentes por ver a torre somente durante o dia, voltamos para apreciá-la e qual não foi a nossa surpresa ao percebermos que a cidade só escurecia nessa época do ano - após as 21:45h.
Só sei que a disposição era tanta que nos pusemos de plantão a contemplar aquele céu de um tom de azul que não tem igual enquanto aos poucos ele escurecia. Algo fascinante! Já de posse dos ingressos, ficamos passeando embaixo pelos belos jardins do parque ao seu redor - Tudo muito bem cuidado - Fato que nos surpreendeu bastante foi não termos visto uma ponta de cigarros ao chão. Realmente foi de tirar o chapéu! Então, eis que escureceu totalmente e a torre foi se acendendo aos poucos e todos começaram a gritar numa euforia, um êxtase total! Fiquei emocionada por aquilo me lembrar Copacabana quando da queima de fogos do Reveillon.
Decidimos subir a torre e lá fomos nós para a fila que já estava formada. Ansiosos esperávamos adentrar o elevador. Conforme ele subia podíamos contemplar um espetáculo de tamanha beleza; uma paisagem fantástica de uma Paris que não tínhamos sequer noção. Com a cidade toda iluminada, as luzes douradas da torre pareciam refletir por sobre ela - Que coisa mais fantástica é Paris à noite!...

Eu chorava e ria, pois ali, naquele momento, finalmente eu realizara um sonho de menina:
Conhecer a "Cidade luz".

Paris, eu jamais hei de te esquecer!